É comum a nossa mente sugestionar o ato de revidar quando recebemos uma palavra que nos causa desconforto. Nessa ação, o resultado final quase sempre é discórdia e embaraço para um ou ambos os lados. Ninguém ganha.
E se houvesse um outro caminho? Se ao invés de revidar fosse possível encontrar um outro jeito de resolver o conflito? Há!
Se liga nas dicas chaves que vou passar agora para que você nunca mais encare um conflito da mesma forma!
A auto-observação é essencial no processo da vida a dois, pois quando nos permitimos acompanhar os nossos pensamentos, sabemos exatamente onde e quando o dedo é colocado na ferida. Nós descobrimos quais são palavras ou os assuntos que nos levam de um pensamento a um sentimento que vai ferver a cabeça mais tarde.
Primeira dica
Antes de permitir que a irritabilidade tome forma de sentimento, identifique a insatisfação dentro de si e mude sua linha de raciocínio.
Exemplo:
Mude a frase: “Esse assunto me irrita ou me senti ofendida com o que você disse” para: “como você está se sentindo?”, “por que você disse isso?” ou “será que você está estressado ou com alguma necessidade não suprida e por isso está neste tom de voz?”.
Em resumo, busque pensamentos que irão resultar em uma resolução da questão, ao invés de focar no desconforto momentâneo criado e apenas reagir a ele.
Pode parecer difícil mas é uma prática! Assim como criamos músculos ao fazer exercícios físicos, também turbinamos a mente ao praticar novos caminhos mentais, que irão levar a novos aprendizados e novas sinapses neuronais, tornando a cada prática mais e mais fácil seguir essa linha de raciocínio.
Quando passamos a praticar de forma automática essa linha de pensamentos, vamos prestando mais e mais atenção no resultado final da investigação e focando na resolução. Nós abrimos mais e mais possibilidades através dos questionamentos criados mentalmente.
Segunda dica
Pergunte-se se está com as suas necessidades básicas supridas para checar o seu estado de humor. Há dias em que se pode naturalmente estar com fragilidades devido a algum déficit de necessidades.
Por exemplo, se eu identifiquei o mau humor, eu checo se dormi bem hoje, se esvaziei o intestino, se me alimentei bem e se bebi água o suficiente para me hidratar (cheque se os lábios estão secos).
Há algum fator no ambiente que esteja proporcionando o meu stress? Algum ruído ou energia? Na maioria das vezes encontramos respostas nessas perguntas. Quando a irritabilidade vem aparentemente do nada, investigue os seus pensamentos e observe se eles insistem em lhe incomodar. Pratique, ao identificá-los, a repetição das palavras: “Cancela, cancela, cancela”. São um comando para auxiliar sua mente a seguir em frente em outra linha de raciocínio. Mude para outro tema e observe como você se sente.
Terceira dica
Lembre-se daquela frase: “Você quer ter razão ou ser feliz?”
Identifique se o seu posicionamento está focado em “vencer o outro” ou “aprender com o outro”.
Quando o foco é o aprendizado mútuo, não nos importamos em admitir nossos erros, pois compreendemos que está tudo bem errar. É uma soma, uma construção, estar dentro do relacionamento.
Deve ser prazeroso, conjunto, mútuo. Quando é o oposto disso, pode ser uma disputa e, se há um vencedor, também haverá um perdedor.
Será que o objetivo de um relacionamento é haver um vencedor e um perdedor ou apenas competidores que se divertem e aprendem juntos?
Os dois ganhando ou os dois perdendo, o objetivo maior é haver o aprendizado conjunto, a união, o prazer na companhia do outro, que só cabe aos “competidores da jornada a dois”.
Eu desejo a você uma excelente caminhada de mãos dadas com o amor!
Precisa de ajuda? Escreve para mim e vamos falar a respeito da sua vida a dois.
Raquel Toledo